Ele é acusado de abuso de poder econômico. O que mais o complicou foram apreensões de tickets-combustíveis durante a campanha. O Ministério Público Eleitoral chegou a levantar indícios de que combustíveis que teriam sido fornecidos para atender a campanha do peemedebista teriam sido patrocinados pela Assembléia Legislativa, através da empresa ADM. Juarez foi eleito com 34.069 votos (68,15%), enquanto seu único adversário, empresário Paulo Fiúza (PV), teve 15.922 votos (31,85%).
O clima é tenso no município. Os aliados de Juarez se mostram revoltados. O advogado Alexandre Gonçalves Pereira disse que a decisão do magistrado de cassar o seu cliente e torná-lo inelegível já era esperada, já que, segundo ele, "o juiz é tendencioso" e "parcial". A banca de advogados do prefeito eleito está reunida com intuito de preparar recurso a ser impetrado na quarta (17) junto ao Tribunal Regional Eleitoral. "Estamos fazendo uma análise minuciosa para planejar nossa defesa. O juiz foi extremamente parcial e, por isso, não nos surpreendeu. Basta ler a sua sentença, para perceber que ela é permeada de parcialidade", dispara o advogado Alexandre.
Este é o segundo registro de prefeito eleito, curiosamente do PMDB, cassado pelo juiz João Guerra. O primeiro foi Vilmar Gianchini, o Vilmar Matão, de Cláudia. Ele também acusou o magistrado de decidir "com parcialidade" .
(12h45) - Juarez continuará na AL; Brito perde vaga
Se não conseguir reverter na Justiça a cassação do seu registro, Juarez Costa, mesmo eleito nas urnas com 70% dos votos válidos, terá de se contentar com a cadeira de deputado estadual, conquistada em 2006. O seu mandato se estende até 2010. Nesse caso, perde a chance de assumir em definitivo na cadeira de Juarez o suplente Antonio Brito. Em princípio, a coligação Unidade e Trabalho II (PMDB/PL) havia aberto três vagas, incluindo a cassação por infidelidade partidária do deputado Walter Rabello. No lugar de Rabello se efetivou Nilson Santos (PMDB), de Colíder. Outras duas vagas tinham sido abertas, com as eleições para prefeito de Juarez, em Sinop, é de Zé do Pátio, em Rondonópolis. Por enquanto, quem tem a garantia na cadeira na AL é Jota Barreto, que substituirá Pátio. O problema é que o prefeito eleito de Rondonópolis também está "encrencado" com processo na Justiça por suposta compra de votos. O curioso é que Barreto não apoiou Pátio. Foi um dos cabos eleitorais do prefeito Adilton Sachetti (PR), derrotado à reeleição pelo peemedebista.
(13h) - Vereador Mauro deve virar prefeito tampão
Com a cassação do registro de Juarez Costa, quem deve assumir a Prefeitura de Sinop por, ao menos três meses, é o vereador reeleito Mauro Garcia, do mesmo PMDB do prefeito eleito. A eleição à presidência da Câmara Municipal acontece em 1º de janeiro, logo após a posse dos 11 novos parlamentares. Acontece que, desde já, existe um acordo da bancada de apoio a Juarez pela eleição de Mauro.
A nova Mesa já tem até o vice-presidente "eleito" com antecedência. Trata-se de Sérgio Palmasola (PDT). Nesse caso, a tendência é que Mauro vire prefeito "tampão", até que a Justiça Eleitoral julgue recurso de Juarez ou então convoque nova eleição e proclame o resultado. Nesse interím, Sérgio comandará o Legislativo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário